Quando viajei à Europa, eu escrevi algumas impressões que tive sobre Van Gogh após conhecer seu museu em Amsterdam e saber mais sobre sua historia. Procrastinei esse post por um bom tempo e acabei não postando até hoje. Porém, após ver o filme “Com amor, Van Gogh” no Netflix, me veio a vontade de compartilhar com vocês sobre o que vi e aprendi aqueles dias.
Tive a oportunidade de conhecer diversos museus incríveis, uma verdadeira herança para a humanidade de cultura e arte. Para mim, foi praticamente uma imersão, adquiri mais conhecimento sobre arte durante aquele mês do que em toda a minha vida. É impossível não se sentir “íntima” de alguns pintores. Por mais que eles não estejam presentes materialmente, suas pinturas carregam muito mais do que simples imagens. Ali, estão impressos milhares de sentimentos, das mais diversas naturezas. Inclusive, são esses turbilhões de sentimentos que os inspiraram em suas grandes pinturas.
Hoje vou falar sobre um artista que tem um museu inteiro só para as obras dele, Museum Van Gogh. Localizado em Amsterdam, capital dos países baixos, o Museu conta com orgulho a historia do artista holandês. Eles contam com detalhes desde o inicio de sua carreira até os seus últimos dias. São 4 andares de puro fascínio.
Entre tantas pinturas, existem registros de cartas trocadas com seu irmão mais velho, Theo, com quem tinha um bom relacionamento familiar, cartas para outros pintores com esboços de suas novas pinturas, fotografias dele e de alguns membros da sua família, alguns pincéis que ele utilizava e um caderno contendo anotações e rabiscos de lugares por onde passou entre outras coisas.
Van Gogh passou muito tempo de sua vida tentando encontrar a si mesmo, não se achando bom o suficiente e em constante busca do novo. Antes de ser pintor, trabalhou como vendedor de obras de arte e até como missionário. Apesar de ser descrito desde criança como alguém sério, pensativo e sossegado, ele era um homem de mente inquieta e criativa. E prova disso são suas obras, ele fez repetidas mudanças de estilo de suas pinturas até chegar ao pontilhismo, que foi, enfim, o estilo em que ele se encontrou. Sua busca insistente com certeza contribuiu para ele ser o artista reconhecido que é hoje.
Mesmo com problemas psíquicos Van Gogh vivia em constante busca pela cura mental por meio de sua arte. Ele acreditava que a pintura poderia curá-lo e, em minha opinião, ela o salvou diversas vezes. Pintar era uma terapia.
Entre seus feitos e citações, eu selecionei alguns tópicos para este post:
1. “Todo tempo gasto com aquilo que você ama, é lucro.”
Eu tomo essa frase como motivação e, sempre que a releio penso estar no caminho certo. Van Gogh dedicava seu tempo integral à suas pinturas. Nos 8 anos entre começar a pintar e sua morte, Vincent fez mais de 800 pinturas. Para mim, ele foi um prodígio e sua dedicação foi a chave de tudo.
2. Enquanto estava internado no sanatório, Van Gogh poderia ter se desesperado com sua atual situação, em vez disso ele olhou a janela e pintou tudo o que via. O quadro mais famoso que temos como exemplo é o “Noite estrelada”.
Ter esperança em tempos difíceis, enxergar a luz no final do túnel, não desistir…
3. “Não se nasce bom em alguma coisa, mas se você pratica, se dedica, estuda e não desiste de querer ser bom naquilo que faz, aí você será bom o suficiente.”
Pensando seriamente em colar essa frase bem grande na parede do meu quarto (risos). Apesar das suas obras não terem feito tanto sucesso durante sua vida, ele foi e é exemplo de persistência. Se passava por louco, mas tinha uma mente brilhante e inovadora.
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre Van Gogh e também espero que este post tenha te servido de incentivo. Seja lá quais são seus planos e sonhos, nunca desista deles e tente um pouco mais. Também espero que de alguma forma eu tenha atiçado sua curiosidade para esse vasto mundo da arte.
Esse post é uma homenagem ao artista excepcional que ele foi.
Obs: Este post não tem fins lucrativos e todas as pinturas foram disponibilizadas pelo próprio site do Van Gogh Museum.
Assisti recentemente ao filme “Com amor, Van Gogh” e ele me motivou muito a seguir aquilo que acredito ser a minha vocação. Agora venho estudando mais sobre a vida do pintor e não vejo a hora de ler “Cartas a Theo”.
Excelente e motivador texto!! Gostei!
Que bacana, Gabriel. Fico feliz que você tenha gostado do texto. Ele também me inspira muito. Obrigada pelo seu comentário.